Cidades
Edição de quinta-feira, Diário de Natal, 28 de outubro de 2010
Fernanda Zauli // fernandazauli.rn@dabr.com.br
Um idoso foi encontrando na última segunda-feira vivendo em condições subumanas dentro de um bueiro localizado na marginal da BR-101, na altura de Emaús. Francisco Alfredo da Silva, de 64 anos, é ex-presidiário, esquizofrênico e a família não tinha notícias dele há seis meses. A Coordenadoria da Defesa dos Direitos da Mulher a das Minorias (Codimm) chegou até Francisco após uma denúncia feita ao SOS Mulher/Idoso.
A equipe da Codimm achou o homem na região de Emáus, em Parnamirim. De acordo com a coordenadora do Codimm, delegada Rossana Pinheiro, uma pessoa ligou dizendo que um homem estava morando em um bueiro há alguns dias e, assim que foi encontrado pela equipe da Codimm, foi levado para atendimento médico no posto de saúde de Cidade Satélite, e em seguida encaminhado ao abrigo Juvino Barreto. Ele não sabia informar se tinha parentes e onde os familiares moravam. Para acelerar o processo de encontrar a família de Francisco a delegada teve a inciativa de mandar uma foto dele para uma emissora de televisão. A foto foi veiculada nomesmo dia e ainda na segunda-feira a família entrou em contato para buscar o idoso.
Segundo a delegada, no primeiro contato, a família informou que Francisco matou a esposa em 1997 quando foi acometido por um surto da esquizofrenia. Ele cumpriu uma parte da pena e estava solto há cerca de um ano, mas há pelo menos seis meses a família não tinha notícias dele. Rossana Pinheiro ressaltou que a situação oferecia riscos a ele e à sociedade. "Imagine se ele tivesse um surto, ele poderia atacar alguém, ser violento, e talvez até cometer um outro crime", disse a delegada. Francisco foi levado para o município de Várzea, a 76km da capital potiguar, para morar com uma de suas filhas. Ele será submetido a um acompanhamento psiquiátrico com o intuito de impedir a evolução da doença mental.
Serviço
As denúncias podem ser feitas através do SOS Mulher/Idoso- telefone 0800.281.2336
Extraído do Jornal Diário de Natal de 28 de outubro de 2010
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