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Entre os serviços e programas que coordena estão as
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terça-feira, 13 de março de 2012

Hospital tem atendimento para mulheres em Mossoró


Roberto Lucena – Repórter

Quinze milhões de reais. Esse é o valor que o Governo do Estado vai investir nos cinco primeiros meses de funcionamento do Hospital da Mulher Parteira Maria Correia. A unidade médica foi inaugurada na última sexta-feira em Mossoró e o primeiro dia de atendimento foi registrado ontem. O gerenciamento foi terceirizado com a Associação Marca, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Ocip) que já administra a UPA de Pajuçara e os Ambulatórios Médicos Especializados (AMEs) em Natal.
Foto: Carlos Costa/Gov. RN
Alany Amorim espera a chegada do filho no Hospital da Mulher, no primeiro dia de funcionamento.

O contrato emergencial com a Marca tem duração de cinco meses. Após esse período, uma licitação será aberta para um contrato mais prolongado de administração, também com uma Ocip. A Marca poderá ou não participar e a secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) estima que será necessário R$ 1,5 milhão por mês para manter o hospital.

De acordo com o titular da Sesap, Domício Arruda, o modelo de gestão adotado na maternidade é a melhor opção disponível no momento em que se registrava um quadro de gravidade na região Oeste do Estado. O secretário afirmou que a Casa de Saúde Dix-Sept Rosado, onde funciona a Maternidade Almeida Castro, era a única referência em maternidade na região e está funcionando precariamente. "No início do ano, tivemos um verdadeiro apagão no atendimento às gestantes. Passamos quatro dias sem realizar nenhum procedimento desse tipo. Era necessário fazer algo com urgência", disse.

No dia 10 de janeiro, foram iniciadas as negociações com A Marca. Batido o martelo, em menos de dois meses a entidade reformou e equipou o prédio onde antes funcionava o hospital da Unimed.  Foram contratados cerca de 300 profissionais. Arruda explicou que  o investimento inicial é maior porque os equipamentos comprados pela Marca serão repassados para o Estado. "Dentro desses R$ 15 milhões dos cinco primeiros meses, está diluído o valor dos equipamentos comprados".

O novo Hospital da Mulher possui 41 leitos. Destes, sete são para pré e pós-parto, quatro enfermarias cirúrgicas ginecológicas, seis enfermarias obstétricas, sete UTI Neo, nove UTI adulto e oito alojamentos conjuntos.

O secretário disse ainda que uma comissão formada por servidores da Sesap irá fiscalizar os trabalhos na maternidade. No entanto, Domício Arruda acredita que os serviços prestados irão agradar à população. "Esse tipo de gestão é utilizada em outros Estados e, aqui mesmo em Natal, vem recebendo o apoio da população. Não tenho menor pudor em defender essa tipo de gestão", afirmou.

A Sesap anunciou ainda que haverá uma parceria com a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) no sentido de abrir espaço para estagiários dos cursos de Medicina, Enfermagem e Serviço Social. Nesse sentido, um convênio foi assinado pela governadora Rosalba Ciarlini e pelo reitor da UERN, Milton Marques de Medeiros.

Sindicatos questionam contratação emergencial

O Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed-RN) e Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sinsaúde-RN) criticam o modelo de gestão adotado pela Sesap na Hospital da Mulher em Mossoró. Para os profissionais, a terceirização nada mais é que a privatização do serviço público. Além disso, os sindicatos acreditam que o modelo favorece o tráfico de influência e corrupção dentro da administração pública.

Em nota divulgada essa semana, Sinmed-RN e Sindsaúde-RN informam que "a privatização é um sistema perverso que substitui o concurso público por indicações políticas, acabando com a contratação por mérito substituída por apadrinhamento". O presidente do Sinmed-RN, Geraldo Ferreira, apontou outro "problema" com a gestão terceirizada. "O fornecimento de material acaba não sendo público. Não há licitação e qualquer empresa pode ser favorecida", disse.

O sindicalista disse ainda que as empresas contratadas não cumprem com as obrigações trabalhistas dos empregados. "Sabemos que em outros Estados, ao encerrar suas atividades, as empresas deixam um passivo trabalhista e ninguém paga. Aqui em Natal, temos o problema da falta de pagamento de salário. É comum que haja atraso de dois, três meses. Anunciamos greve e eles pagam. Passa pouco tempo e o problema retorna".

O titular da Sesap defende a terceirização e afirma que o atendimento ao público deve ser priorizado. Segundo Domício Arruda, não existe, dentro dos quadros de servidores da secretaria, pessoal qualificado para assumir as vagas que foram criadas. "Não há mais médicos em Mossoró para serem chamados. Se o Estado fosse fazer concurso ou chamar os enfermeiros e técnicos que podiam ser chamados, não abriríamos a maternidade agora. Precisaríamos treinar esse pessoal. O que nos garantia que o fato do 'apagão' de janeiro não ia se repetir?", questionou.

O secretário afirmou ainda que o modelo adotado pelo Estado é uma nova forma de gestão que vai ajudar a suprir as necessidades da Administração Pública. "É uma nova forma de gestão. Temos dificuldades nos serviços de saúde, temos dificuldades em manter os hospitais. Os processos licitatórios de abastecimento da rede são complicados. Isso não é falta de planejamento, é falta de recurso".

Primeiro dia foi de movimento tranqüilo

Higo Lima - Da Redação

O Hospital da Mulher abriu as portas para o primeiro dia de funcionamento às 7h de ontem, mas a movimentação durante quase todo o dia foi calma. Até o final da tarde, apenas quatro gestantes tinham recebido atendimento médico.

A primeira, Larissy de Freitas, 18 anos, chegou de manhã cedo com uma suspeita de aborto e permaneceu na sala de observação. A gestante Vera Lúcia, de 26 anos, procurou a unidade porque a gravidez de três meses estava lhe rendendo dores abdominais, porém recebeu alta logo após o atendimento médico. Já a jovem Larissa da Conceição, 16 anos, foi atendida com suspeita de aborto. 

O que movimentou mesmo o setor médico no primeiro dia de atendimento foi a entrada da jovem Alany Amorim, 21 anos, que chegou ao Hospital por volta das 11h com as primeiras contrações para o parto normal. A estudante, natural de Mossoró, participou da solenidade de inauguração do Hospital, na sexta-feira, 9, quando chegou a posar para foto ao lado da governadora Rosalba Ciarlini.

"Ela já tinha comentado que desejava ser a primeira mãe a dar à luz no novo hospital. Achávamos que não daria tempo porque estávamos esperando o bebê para o final de semana", comentou Cristiano Alves, companheiro, à equipe de atendimento. A previsão era que a criança viesse ao mundo ontem e deverá se chamar Caio Victor. Enquanto o primeiro bebê não chegava, a equipe de atendimento dividia tempo com os demais pacientes que procuravam atendimentos para criança e até mesmo a outros procedimentos voltados para a mulher.

De acordo com a assessoria da Unidade, a previsão é que até o início do segundo semestre também sejam incrementados atendimentos ginecológicos. Em contrapartida, a Associação Marcca, responsável pela gestão do Hospital, alerta que o Hospital da Mulher não atende procedimentos pediátricos, uma vez que essa não é a finalidade da nova unidade.

Enquanto isso, na Maternidade Almeida Castro, a direção informa que foram realizados nove partos durante esta segunda-feira e, em boa parte do dia, 42 leitos permaneceram ocupados. A maternidade, antes da inauguração do Hospital da Mulher, concentrava quase a totalidade dos partos em Mossoró.


Publicado por Tribuna do Norte em 13 de Março de 2012.


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